Apaixonado por futevôlei, Gilson Aurelino Gonçalves une experiência e força de vontade para fortalecer o esporte
0A história de Gilson com o esporte começou ainda quando criança. Gostava de futebol e, aos 18 anos, seu irmão mais velho o apresentou ao futevôlei. “Meu irmão disse que tinha um lugar em Campo Grande onde as pessoas praticavam esse esporte. Em formato oficial, numa quadra de areia, comecei a jogar de forma amadora”, lembra.
Após um ano, Gilson e seu irmão, com quem havia formado dupla, estavam disputando os diversos campeonatos da cidade, no ano de 1995.
“No início era muito difícil, porque existiam as duplas ranqueadas que jogavam há tempos”, desabafa Gilson. Mas isso não foi motivo para desistir do esporte. Depois de dois anos de dedicação e paixão pelo futevôlei, Gilson e seu irmão já estavam entre as quatro melhores duplas de Mato Grosso do Sul. Foi a partir desse momento que começaram a surgir convites para atuarem em jogos fora do estado.
Segundo o atleta, antigamente existiam pessoas jogando em várias praças públicas, mas as dificuldades estavam em conseguir entrar nesse meio “porque as pessoas eram meio fechadas. No entanto, depois de três anos jogando com outros praticantes do futevôlei e a ganhar as primeiras colocações, fomos para as primeiras viagens de jogos”.
Gilson e o irmão receberam convites para participar de campeonatos paulistas, torneio nacional, jogos em Brusque (Santa Catarina), Umuarama (PR), Presidente Prudente (interior de SP). “Sempre conseguimos boas colocações, além de conquistarmos a segunda colocação em uma disputa nacional”, disse Gilson.
Em 1998 foi fundada a Confederação Brasileira de Futevôlei. Gilson é um dos pioneiros a fazer parte entidade. “Sou o jogador mais antigo filiado à confederação”, afirma.
Disputa de torneio fora do país
O futevôlei já levou o atleta para a Itália e a França, onde teve a oportunidade realizar treinamentos. “Na cidade de Ajaccio, na França, existem crianças carentes que não têm boa situação econômica. A organização me pediu que fizesse os treinamentos para essas crianças de forma gratuita. E foi com muito prazer. Também fui convidado para ir à cidade de Savona, na Itália, desta vez para disputar com jogadores profissionais”, conta Gilson.
Quando começou a disputar os campeonatos nacionais, Gilson tinha o sonho de viver do esporte. “Fui para o Rio de Janeiro por seis meses para tentar viver do futevôlei. Mas nada foi como eu pensava. Viver desse esporte, naquela época, não era viável, além de ter se tornado algo obrigatório”, destaca.
Ao voltar a Campo Grande, resolveu dar continuidade aos estudos, deixando temporariamente de lado o esporte como profissão. “Me afastei um pouco da confederação, mas sempre continuei jogando na região de MS. Fiz faculdade de Turismo, prestei concurso da Policia Militar e hoje sou segundo sargento”.
Após conseguir se estabilizar, Gilson voltou a disputar todos os campeonatos da Confederação, Sul-Americanos e Mundiais. “Sinto que estava em débito com o esporte, por ter conhecido vários locais, países e pessoas incríveis”, destaca.
Parceria com AABB e projetos futuros
“Há três anos fiz um projeto a fim de implantar o futevôlei para os principais clubes de Campo Grande e, na AABB Campo Grande – MS (Associação Atlética Banco do Brasil), aproveitando a excelente estrutura, fiz o meu lugar de treino e convidei amigos que jogam para fazer parte do projeto”, ressalta Gilson.
Hoje, conta com a ajuda de um irmão e um amigo para realizar os treinos, tanto no Centro de treinamento oficial de futevôlei quanto na própria AABB. O projeto atende aproximadamente 80 pessoas.
Por incentivar o esporte aos atletas, Gilson reconhece o apoio da Associação. “A AABB nos ajuda com recursos para descolamentos, materiais e a estrutura de treinos. Em fevereiro de 2017 teve o Sul-Americano em Buenos Aires, na Argentina, onde pudemos ir e disputar e trouxemos o terceiro lugar para o Brasil”.
“Dentro dos treinamentos, quero ampliar os projetos direcionados a tirar ‘a gurizada’ da rua e colocá-los no futevôlei. Meu objetivo e inserir o maior número de praticantes desse esporte”, conclui Gilson, que atualmente está no 15º lugar no ranking de jogadores de futevôlei do país.
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